Isabel e Alice são inseparáveis. Afonso e Ventura já não sabem o que os une. Simão e Zeca querem mudar…
quem são. E Marisa talvez seja apenas a vilã. Uma reflexão sobre a juventude, pressão dos pares, laços de amizade entre raparigas, festas, drogas, depressão, morte e autodescoberta. Uma reflexão que é também o retrato de uma geração e a ânsia de pertencer. Raparigas como nós é uma viagem entre Lisboa, Cascais e Madrid, contada pela voz de Isabel e que, numa narrativa veloz, nos revela o impacto que podemos ter na vida uns dos outros. Um romance sobre a eletricidade do primeiro amor e os intensos emaranhados das relações de amizade e das memórias de infância.
O poder das amizades femininas junta-se a uma crítica ao patriarcado. No final do verão de 1990, Mar, com apenas…
seis anos, é enviada para o Romeirão, um internato Católico no Alentejo onde fica até aos 15 anos. Cresce no meio de regras e privações, castigos e fome, mas rodeada e protegida pela irmandade das outras raparigas, principalmente Anita e Amália, mas também de Eduardo, um dos rapazes da vila, com quem vai criar uma relação inesperada e viver as primeiras descobertas de amor. Anos depois, ainda a lidar com o trauma do passado, com as drogas, a depressão e a solidão, é ao lado de Isabel, Alice e Luísa que aprende a viver uma nova vida sóbria e em paz. Quando reencontra Eduardo, nenhum consegue resistir à ligação magnética, mas com ele voltam feridas antigas que a assombram desde a noite em fugiu do Romeirão. A pequena Mar que se transformou na Marisa das Argolas, a "vilã” de Raparigascomo nós, regressa nesta ousada crítica ao patriarcado português. Escrita com sagacidade e emoção, A devastação explora o poder das amizades femininas e captura as complexidades humanas e familiares, a eletricidade do primeiro amor e os segredos que nos enjaulam em locais amaldiçoados dentro de nós.